Não te amo como se fosses rosa de sal,
topázio ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
senão assim deste modo em que não sou, nem és
tão perto que tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
Menina Lia, andas inspirada, excelente tuas escolhas...Beijinhos, Paulo.
ResponderExcluirGrata, Paulo. Seus comentários, tão pertinentes, norteiam minhas escolhas. Ainda bem que somos presenteados com trabalhos magníficos que surpreendem e encantam...autores que parecem não ser "deste mundo", tão castigado pelo sofrimento. Beijinhos do lado de cá, tbém.
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