segunda-feira, abril 29

- SAUDADE -



A saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã. Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ou quando alguém ou algo não deixa que esse amor siga, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter. 

Saudade é basicamente não saber. Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não saber se ela ainda usa aquela saia. Não saber se ele foi à consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada; se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial; se ela aprendeu a estacionar entre dois carros; se ele continua preferindo Malzebier; se ela continua preferindo suco; se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados; se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor; se ele continua cantando tão bem; se ela continua detestando o MC Donalds; se ele continua amando; se ela continua a chorar até nas comédias. 

Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos; não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento; não saber como frear as lágrimas diante de uma música; não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. 

Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. 

Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer. Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler. - Miguel Falabela -

- CHIPS E MEGABYTES -



Tudo o que vejo são telas digitais, um novo mundo feito de chips e megabytes, e você vêm falar de amor, um amor que deixaria a todos incrédulos por ser real demais.

Não recebi suas cartas, mas sei que elas foram escritas, o universo regido por ícones eletrônicos induz a fantasias telepáticas. Ser intuitiva também é uma forma de conexão, há muitas cartas extraviadas viajando pelo espaço, sem fios ou cabos, sem satélites, palavras silenciadas e igualmente transmitidas. Amor é um troço raro e sempre de vanguarda.

Também escrevo minhas cartas que não são postadas, cartas digitalizadas no sonho, um mundo de excelentes intenções, nostalgias, poesias, essas coisas quase fluviais.
Você vem falar de amor de um modo que emociona, e eu vou falar de amor como se fosse sua resposta. Agradeço, primeiramente, o amor recebido e negado, demonstrado e não, seus adjetivos, seus diagnósticos e o tempo percorrido, se foi um amor de verão ou se comemorou vinte bodas anuais, o amor que sinto não é dado a configurações, o amor transcende, nunca foi mortal como a gente.

Gosto destes sons, embala o amor a rima, navego empurrada pelos ais e por sufixos e sílabas que remam, remam, aqui vão minhas palavras navais. O amor não tem ancoradouro, porto, cais – o amor é navegante e recolhe pessoas neste mar de distraídos, salva vidas. O amor que você narra e a mim dirige é amor primitivo, fora de catálogo, é sorte dos amores ambientais, estão por toda parte, para senti-lo requer apenas querê-lo. Conceitos fugazes do amor? Não creio. Há os amores produzidos e os amores naturais, os amores duros e os rarefeitos, há os que nascem do peito e os ancestrais, amores vários, todos iguais.

Em diversas cartas há seu apelo e sua culpa pelo amor não-vivido. O amor vive apesar de nós, tudo o que se sente é validado por ser existente, não sofra mais. Foram cartas não assinadas, não enviadas, talvez escritas por mais de uma pessoa, tanto faz. São cartas de amor, e mesmo com angústia e anonimato, sobrevive nelas o tesouro de um sentimento bruto, porém não violento.

O amor comentado nestes tempos que correm é produto, assunto de revistas e jornais, o amor nos tempos que correm deveria ir mais devagar, aceitarem-se múltiplos, gozo, gás. Você que escreve mentalmente, você que escreve cartas para ficar, você que não sabe direito que amor é esse e que só quer se desculpar, você que ama livre e você, entre grades, você que ama em pensamento, você e você e você, nós todos e nossos amores ornamentais, que ainda nos fazem chorar e mal entender, carentes existenciais, você e você e você e nossas cartas abortadas, digamos para nós mesmos: comunicar é lindo e gritar o amor é nobre, dizer te amo é bálsamo e mais ainda, escutar. Mas o amor independe, o amor, remetente, é transcrito no olhar, há quem entenda e há quem procure lê-lo em outro lugar.

Amor é carta que mesmo extraviada está ora chegando e partindo, e pode cair em mãos que não as destinadas, mas onde estiverem as palavras, escritas ou caladas, onde estiverem os desejos e seus códigos postais, não importa a data em que foram selados, serão sempre cartas de amor e amores que alcançaram seus finais. - Martha Medeiros -

domingo, abril 28

- BONITO É SER FELIZ! -




"Há coisas bonitas na vida! Sim..

Mas, bonitas são as coisas vindas do interior de cada um, as palavras simples, sinceras e significativas.

Bonito é o sorriso que vem de dentro, o brilho dos olhos, o beijo soprado...

Bonito é o dia de sol depois da noite chuvosa 
ou as noites enluaradas de verão em que quase todos passeiam...

Bonito é procurar estrelas no céu e dar de presente  ao amigo, amiga, 
namorado, neto...

Bonito é achar a poesia do vento,
das flores, do mato, dos animais e das crianças.

Bonito é chorar quando sentir vontade e deixar as lágrimas 
rolarem sem vergonha ou medo de crítica.

Bonito é gostar da vida e se deixar viver de um sonho.

Bonito é ver a realidade da vida, sem 
nunca ser extremista, e acreditar na beleza de todas as coisas.

Bonito é a gente continuar sendo gente com G maiúsculo em 
qualquer situação, principalmente nos momentos de dificuldade.

Bonito é você ser você...
nesta bonita vida..."

A.D.



sábado, abril 27

- A TIPOLOGIA DUM HOMEM "CADINHO" -



COM TODO RESPEITO:


Quando o assunto é novelas, não há quem se mantenha imparcial: há os que as amam e há os que as odeiam e eu pertenço às duas categorias de expectadores, sendo que será  apenas a novela e seus personagens que me direcionarão ao amor ou ao ódio.
E é baseada nessa premissa que, embora haja os que fiquem indignados comigo por eu perder o tempo e as letras com elas, percebo que sempre ganho mais alguns leitores, ainda que sejam eles leitores ALGO INCOMODADOS, insatisfeitos com o meu tema nada agregador.
Mas hoje vou falar dum personagem que talvez nos agregue algo, às mulheres ao menos, um tipo, tipo comum na vida, e hoje grande sucesso de novela, porém muito longe de ser um ser culturalmente normal como pensam os machões: os homens poligâmicos "tipo Cadinho".
(...) Ah, penso, quem sabe, até ser o sonho de consumo da mulherada mais moderna, entre as quais não me incluo.
Claro, se hoje levarmos em conta que há muito mais "ajuntamentos" do que "casamentos", daí não poderemos configurar o tal Cadinho e seus seguidores como polígamos.
São viciados atletas que se enroscam e sobrevivem nas incontáveis e perigosas seduções femininas e colecionam mulheres conquistadas como troféus dum acervo de heróis.
O mais interessante é que nem sempre são belos e cultos mas quase sempre têm bolsos compatíveis com sua personalidade excêntrica de fiéis conquistadores e "bancadores de mulheres espertas" que os amam de paixão, incondicionalmente, pois um homem verdadeiramente Cadinho sempre faz com que suas amantes se  sintam únicas e insubstituíveis na vida deles.
Todavia os Cadinhos são merecedores da esperteza das mulheres, ara se são!
Impecáveis peritos na arte de enganar, todavia, quase sempre amam de verdade todas as suas "presas", não admitindo em hipótese alguma a vida sem uma delas.
São homens que só se sentem felizes com um "harém" a lhes desejar intensamente, e tão logo garantem mais uma amante já partem para a conquista de outra candidata  para exercitarem sua masculinidade algo doentia.
Jamais perguntam "foi bom prá você?" pois sequer cogitam serem ruins naquilo que se esmeram por fazer.
Não são homens feitos para esposas, obviamente, uma relação monótona demais que o fazem adoecer de tédio.
Não são necessariamente "maus-caráter" porque são  honestos no todo dos seus todos sentimentos. São excelentes amantes, embora inseguros ao extremo.
O tipo Cadinho, nestes tempos de crise, corre sérios riscos de  ficar sem bolso e sem suas amantes que quase sempre se tornam amigas inseparáveis para desmascará-lo a tirarem bom proveito do seu bolso em conjunto, baseadas na  suposta traição coletiva que ele nunca admitirá.
Saibam, homens "Cadinhos" não traem nunca, porque se julgam inteiramente fiéis quando  a serviço de todas as mulheres do mundo; sentem-se um verdadeiro presente na vida de todas elas.
São matematicamente corretos e parecem  pedir desculpas ao mulherio pela desproporção mundial de sete mulheres para cada homem.
São homens extremamente altruístas e pedagógicos, eu explico: às duras penas ensinam que o pior castigo para uma amante dum "homem- Cadinho" é ser elevada ao status de esposa. Será o fim da linha para um ser mulher, posto que a amante que antes tinha um homem atlético ao se tornar esposa perderá o atleta e nele jamais encontrará um marido.
Por que, mulheres, um homem tipo-Cadinho é um ser que não tem cura: é da natureza dele ser cada vez mais Cadinho para o resto da vida dele e delas, nem que for só no pensamento.
Para um "homem-Cadinho" a vida é só sexo, e o tempo jamais será o seu limite.
Só se a Natureza "de baixo" trair a sua genética predominante.
Daí, ara, coitadinho!
O homem se transformará num Cadinho caidinho, ou seja, "trágica e caidamente" morto.
(...)E boa sorte a todos!
Afinal, se a vida tende a ser uma eterna novela, ao menos nos intervalos, seja ela uma plena aventura! 
MAVI - Recanto das Letras
Código do texto: T3795394 

sexta-feira, abril 19

- Coisas que a vida ensina depois dos 40 -






Amor não se implora, não se pede, não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros para você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigado, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor.
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...
- Artur da Távola -


segunda-feira, abril 8

- TÃO LONGE, TÃO PERTO -



As relações à distância nos ensinam jeitos esquecidos de gostar.

Uma vez, faz tempo, tive uma namorada em outra cidade. A cada quinze dias eu subia no avião e a visitava. Era delicioso aquilo tudo – pegar o avião, ser esperado na chegada, matar a saudades e trocar novidades, que sempre eram muitas. Além da relação com ela, havia o contato com a cidade dela, os amigos dela, os lugares que ela preferia. Eu gostava. Quando acabou o namoro, como as coisas boas às vezes acabam, senti falta de tudo. Da mulher, do avião, da cidade. Sobretudo, me fez falta o hiato romântico dos fins de semana intercalados. A vida com ela era mais rica.
Em tempos de internet e passagens baratas, estão se tornando alegremente comuns as relações à distância como a que eu tive. Um dos meus amigos namorou recentemente uma moça de Brasília. No trabalho, um colega tinha namorada no Rio. Faz tempo que não sei de ninguém à minha volta que esteja namorando no exterior, mas deve ser pura coincidência - isso se tornou quase banal nos últimos anos. Ela em Paris, você em São Paulo. Ele em Estocolmo, você por aqui – em Goiânia, Porto Alegre ou Salvador. Geografia não é mais destino. 

Tem gente que, mesmo casada, passa longos períodos longe do marido ou da mulher. Meses. Nessas temporadas de sublimação, a relação vai de carnal a virtual. Desmaterializa-se, mas segue - pelo Skype, pelo Facebook, pelo email. Casais que vivem assim aprendem a esticar os laços sem rompê-los. Descobrem que sentimentos e compromissos são mais elásticos do que a gente imagina. Assim como a tolerância mútua.

O manual dos cínicos sugere, em sua infinita indelicadeza, que morar longe um do outro – bem longe - é a melhor maneira de manter uma relação duradoura. Quanto menos as pessoas se virem, quanto mais curtos os períodos de extrema convivência, (mesma casa, mesmo banheiro, mesmo cama), maior as chances de que continuem a gostar uma da outra. O arranjo perfeito, desse ponto de vista, seria viver em Ipanema e ter a cara metade morando em Dubai, a 14 horas e 55 minutos de distância num voo sem escalas. Não haveria sequer a possibilidade de entediar o outro com as reclamações diárias sobre o trabalho, via internet. Quando você chegasse em casa, às 8 da noite, seriam quatro da manhã por lá. 

Os cínicos são engraçados, mas mesmo eles sabem que ninguém escolhe viver uma paixão à distância. Isso simplesmente acontece. Uma hora você teve de vir e a pessoa não pôde ou não quis acompanhar. Ou foi o contrário? As amarras práticas da vida são muitas e frequentemente incontornáveis, ao menos de forma instantânea. Conheço gente que fez loucuras para juntar-se de uma hora para outra ao parceiro no exterior, mas são notáveis exceções. E todas tinham menos de 30 anos. Mais anos significam mais laços, e maior dificuldade em desvencilhar-se deles. Tem de ter muito desapego para jogar uma vida pronta para o alto e começar outra do zero, por amor. Em geral as pessoas levam meses ou anos construindo pontes que permitam fazer a travessia.

Enquanto não se juntam, os amantes distantes têm experiências notáveis. Encontrar-se a cada par de semanas ou de meses, mesmo uma vez por ano, propicia momentos de enorme romantismo. Um dia você pode se achar parado numa plataforma de trem em Paris, com um buquê de flores na mão. Ou namorando num quarto de hotel suíço, enquanto a neve se acumula na janela. E não se trata apenas de viajar. Quase tudo ganha outro significado. Trocar emails cheios de saudades, manter longas conversas na noite de domingo, mandar presentes pelo correio. Isso tudo é dolorosamente bom. A distância faz crescer a presença do outro dentro de nós, num paradoxo de inspiração newtoniana. Quanto mais longe, mais perto. Quanto menos visível, mais presente. Não é o tipo de coisa que funciona indefinidamente, mas enquanto estamos apaixonados é divino. 
Isso pode soar meio antiquado, mas a contenção dos sentidos, a impossibilidade do uso do corpo, produz na gente uns refinamentos sentimentais que eu acho bonitos. 

À distância, em vez de lidar com um ser humano de carne e osso, a gente se relaciona com uma versão imaterial da outra pessoa. O parceiro passa a ser feito de palavras, lembranças e emoções. Nos dias de hoje, em que tudo ficou exageradamente material, isso é uma tremenda novidade. Obriga a perceber o outro de uma maneira que se preocupa mais com a essência do que com a aparência. Permite estimular sentidos e habilidades tão humanos quanto o olhar e o toque, mas que andam negligenciados pela cultura do instantâneo. O espírito prevalece temporariamente sobre a carne. Computadores, câmeras e microfones aproximam, mas eles não equivalem à presença física. Mesmo com vídeo, relações à distância continuam platônicas e idealizadas. É bom que seja assim, para variar um pouquinho. 

Mais de uma vez já me fizeram a pergunta, e a resposta me parece clara: esse tipo de situação não é para sempre. Nada é, mas os amores à distância sofrem de precariedade ainda maior. Eles são tão sublimes quanto frágeis, porque as leis da Física são fortes ao nosso redor. Os outros corpos nos atraem e tendemos a construir na nossa vizinhança. Emocionalmente, o espaço criado por relações imateriais trabalha contra elas. Não se trata de uma questão de chifres ou traições. Acho que as pessoas que se amam e vivem longe uma da outra aprendem a lidar com a fidelidade de outra maneira. O problema real é ser atraído a fazer a vida com quem está por perto. O problema é a vontade de transformar em realidade a expectativa de uma vida comum. O problema, enfim, é a brevidade da nossa existência e o desejo de fazer com ela aquilo que todo mundo faz: dormir junto, montar casa, fazer filhos, ter uma família. A existência humana em toda parte está baseada em convívio e rotina. No longo prazo a necessidade dessas coisas se impõe – ao menos enquanto a tecnologia (quem sabe?), não nos ajudar a fazer de outro jeito. 

Mesmo assim, ou talvez por causa de todos os problemas, eu recomendo. Da minha breve experiência de namorar na ponte aérea ficaram lembranças e percepções bonitas. Os amigos e amigas me contam experiências ainda mais tocantes, registradas em diferentes idiomas e paisagens. Eu gosto disso. É um dos privilégios de viver num mundo globalizado e num planeta cortado por aviões. Os meus avós (seus bisavós, provavelmente) se casavam com pessoas que viviam a menos de dois quilômetros de distância. E viviam sob regras morais e sociais que inibiam qualquer experimentação. As possibilidades de escolha eram reduzidas. Hoje temos acesso ao mundo inteiro, e a cultura nos permite fazer o que quisermos. Não é o caso de viver o tempo inteiro como se ainda estivéssemos no século XIX, não? (Ivan Martins - Colunista Revista Época)

- HOMENS DEEM VALOR -





Olhe pra sua namorada. Agora responda: Quantas caras você acha que ficariam com ela ? Quantos você acha que ficam encantados com aquele sorriso que só ela tem? Devem ter vários, né? Você não sabe quem são, mas existem. E apesar disso, ela encontrou você. Na verdade, ela te escolheu. É, você! Que não é nenhum príncipe, cheio de falhas e imperfeições. E mesmo assim, ela insiste em te chamar de "príncipe", de "perfeito". Muito boba, né? Ela te ama assim, exatamente do jeito que você é, imperfeito. Agora, eu te pergunto: tem dado valor? Muitos invejam você e estão só de olho, esperando seu primeiro vacilo para atacar. E aí, amigo, vai esperar para vê-la nos braços de outro? Sorrindo das piadas de outro? Fazendo um cafuné em outro? Bate até uma pequena raiva só de imaginar, né? Agora vai lá, dá um beijo nela e diz que a ama. Liga só pra saber como ele está. Dê valor enquanto tem, porque quando perder amigo, só vai sobrar arrependimento. - Autor desconhecido -

sábado, abril 6

- RELACIONAMENTOS -





As pessoas não têm paciência para relacionamentos. Se está ruim elas simplesmente trocam. Não tentam, não se empenham, não lutam para dar certo. Não acho que a gente tem que aceitar tudo que o outro nos dá. Não acho que temos que cruzar os braços para o que está errado. Mas o amor exige uma dose de sacrifício. O amor não é descartável. O amor não pode ser jogado fora. Não dá para fazer uma lipo no amor. A gente tem é que lutar por ele. Diariamente. - Clarissa Corrêa -

- AMOR - AMOR - AMOR -






O amor, na essência, necessita de apenas três aditivos: correspondência, desejo físico e felicidade. Se alguém retribui seu sentimento, se o sexo é vigoroso e se ambos se sentem felizes na companhia um do outro, nada mais deveria importar. Por nada, entenda-se: não deveria importar se outro sente atração por outras pessoas, se outro gosta de fazer algumas coisas sozinho, se o outro tem preferências diferentes das suas, se o outro é mais moço ou mais velho, bonito ou feio, se vive em outro país ou no mesmo apartamento e quantas vezes telefona por dia. Tempo, pensamento, fantasia, libido e energia são solteiros e morrerão solteiros, mesmo contra nossa vontade. Não podemos lutar contra a independência das coisas. Aliança de ouro e demais rituais de matrimônio não nos casam. O amor é e sempre será autônomo. - Martha Medeiros -