sábado, abril 27

- A TIPOLOGIA DUM HOMEM "CADINHO" -



COM TODO RESPEITO:


Quando o assunto é novelas, não há quem se mantenha imparcial: há os que as amam e há os que as odeiam e eu pertenço às duas categorias de expectadores, sendo que será  apenas a novela e seus personagens que me direcionarão ao amor ou ao ódio.
E é baseada nessa premissa que, embora haja os que fiquem indignados comigo por eu perder o tempo e as letras com elas, percebo que sempre ganho mais alguns leitores, ainda que sejam eles leitores ALGO INCOMODADOS, insatisfeitos com o meu tema nada agregador.
Mas hoje vou falar dum personagem que talvez nos agregue algo, às mulheres ao menos, um tipo, tipo comum na vida, e hoje grande sucesso de novela, porém muito longe de ser um ser culturalmente normal como pensam os machões: os homens poligâmicos "tipo Cadinho".
(...) Ah, penso, quem sabe, até ser o sonho de consumo da mulherada mais moderna, entre as quais não me incluo.
Claro, se hoje levarmos em conta que há muito mais "ajuntamentos" do que "casamentos", daí não poderemos configurar o tal Cadinho e seus seguidores como polígamos.
São viciados atletas que se enroscam e sobrevivem nas incontáveis e perigosas seduções femininas e colecionam mulheres conquistadas como troféus dum acervo de heróis.
O mais interessante é que nem sempre são belos e cultos mas quase sempre têm bolsos compatíveis com sua personalidade excêntrica de fiéis conquistadores e "bancadores de mulheres espertas" que os amam de paixão, incondicionalmente, pois um homem verdadeiramente Cadinho sempre faz com que suas amantes se  sintam únicas e insubstituíveis na vida deles.
Todavia os Cadinhos são merecedores da esperteza das mulheres, ara se são!
Impecáveis peritos na arte de enganar, todavia, quase sempre amam de verdade todas as suas "presas", não admitindo em hipótese alguma a vida sem uma delas.
São homens que só se sentem felizes com um "harém" a lhes desejar intensamente, e tão logo garantem mais uma amante já partem para a conquista de outra candidata  para exercitarem sua masculinidade algo doentia.
Jamais perguntam "foi bom prá você?" pois sequer cogitam serem ruins naquilo que se esmeram por fazer.
Não são homens feitos para esposas, obviamente, uma relação monótona demais que o fazem adoecer de tédio.
Não são necessariamente "maus-caráter" porque são  honestos no todo dos seus todos sentimentos. São excelentes amantes, embora inseguros ao extremo.
O tipo Cadinho, nestes tempos de crise, corre sérios riscos de  ficar sem bolso e sem suas amantes que quase sempre se tornam amigas inseparáveis para desmascará-lo a tirarem bom proveito do seu bolso em conjunto, baseadas na  suposta traição coletiva que ele nunca admitirá.
Saibam, homens "Cadinhos" não traem nunca, porque se julgam inteiramente fiéis quando  a serviço de todas as mulheres do mundo; sentem-se um verdadeiro presente na vida de todas elas.
São matematicamente corretos e parecem  pedir desculpas ao mulherio pela desproporção mundial de sete mulheres para cada homem.
São homens extremamente altruístas e pedagógicos, eu explico: às duras penas ensinam que o pior castigo para uma amante dum "homem- Cadinho" é ser elevada ao status de esposa. Será o fim da linha para um ser mulher, posto que a amante que antes tinha um homem atlético ao se tornar esposa perderá o atleta e nele jamais encontrará um marido.
Por que, mulheres, um homem tipo-Cadinho é um ser que não tem cura: é da natureza dele ser cada vez mais Cadinho para o resto da vida dele e delas, nem que for só no pensamento.
Para um "homem-Cadinho" a vida é só sexo, e o tempo jamais será o seu limite.
Só se a Natureza "de baixo" trair a sua genética predominante.
Daí, ara, coitadinho!
O homem se transformará num Cadinho caidinho, ou seja, "trágica e caidamente" morto.
(...)E boa sorte a todos!
Afinal, se a vida tende a ser uma eterna novela, ao menos nos intervalos, seja ela uma plena aventura! 
MAVI - Recanto das Letras
Código do texto: T3795394 

Nenhum comentário:

Postar um comentário