"Sou como um livro. Há quem me interprete pela capa. Há quem me ame apenas por ela. Há quem viaje em mim. Há quem viaje comigo. Há quem não me entende. Há quem nunca tentou. Há quem sempre quis ler-me. Há quem nunca se interessou. Há quem leu e não gostou. Há quem leu e se apaixonou. Há quem apenas busca em mim palavras de consolo. Há quem só perceba teoria e objetividade. Mas, tal como um livro, sempre trago algo de bom em mim"
segunda-feira, fevereiro 11
- PARTO COM OS VENTOS -
É por ti que se enchem os rios
de carpas azuis,
de águas que querem saltar
pela minha janela.
Como é belo este silêncio ilimitado
quando nas copas redondas das árvores
o teu nome me chama.
Pedi-te que apagasses a lua
e que nos campos tacteando te encontrasse.
Sei-te na aurora, por isso não temo
e agora a lanterna dos dias pode
por fim ficar em ventos de abraços.
Voam aves dentro dos teus sonhos
como memórias de pétalas acordadas.
Ficas ancorado dentro do meu tempo.
Não há saudade nem solidão
que se não derrube.
*LÍLIA TAVARES, in PARTO COM OS VENTOS (a publicar)
Página: Quem lê Sophia de Mello Breyner Andresen*
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Olá, Lia!
ResponderExcluirFoi com emoção que encontrei um dos meus poemas aqui no seu blogue.
Estou-lhe muito grata e feliz por nos seguir em 'Quem lê Sophia de Mello Breyner Andresen' no FB e por ter feito alusão ao PARTO COM OS VENTOS.
Gostava que comunicasse comigo no FB para a conhecer melhor. Abraço.
Lília Tavares