"Sou como um livro. Há quem me interprete pela capa. Há quem me ame apenas por ela. Há quem viaje em mim. Há quem viaje comigo. Há quem não me entende. Há quem nunca tentou. Há quem sempre quis ler-me. Há quem nunca se interessou. Há quem leu e não gostou. Há quem leu e se apaixonou. Há quem apenas busca em mim palavras de consolo. Há quem só perceba teoria e objetividade. Mas, tal como um livro, sempre trago algo de bom em mim"
segunda-feira, outubro 7
- A MORTE DEVAGAR -
Morre lentamente quem é escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos itinerários. Quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor, e não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos 'is' a um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos, coração aos tropeços e os sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca trocar o certo pelo duvidoso para ir atrás de um sonho, quem não se permite fugir dos conselhos sensatos, pelo menos uma vez na vida.
Morre lentamente quem não viaja quem não lê quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem não tem amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua falta de sorte, da chuva incessante. Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo. Quem não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe perguntam sobre algo que sabe.
Evitamos a morte em pequenas doses, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples ato de respirar. Somente a paciência ardente fará que conquistemos uma felicidade plena.
- Martha Medeiros.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário